quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Conversando Cinema III - especial Fórum das Letras

Clique no cartaz para vê-lo ampliado.


O Comitê Aberto de Cinema da UFOP (ComCine), o Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC/UFOP), a Pró-Reitoria de Extensão da UFOP (ProEx), e o Cine-Teatro Vila Rica, apresentam sua já tradicional mostra de filmes comentados:



CONVERSANDO CINEMA III
Especial Fórum das Letras
De 31 de outubro a 04 de novembro (sexta a terça), sempre às 21 horas, no Cine-Teatro Vila Rica, com ENTRADA GRATUITA!




Confira a programação:


SEXTA, 31/10: DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS
De Bruno Barreto (Brasil, 1976, ficção, cor, 120 minutos.)

Comentado por Guiomar de Grammont

Durante o carnaval de 1943 na Bahia, Vadinho, um mulherengo e jogador inveterado, morre repentinamente e sua mulher, Flor, fica inconsolável, pois apesar dele ter vários defeitos era um excelente amante. Mas após algum tempo ela se casa com Teodoro Madureira, um farmacêutico que é exatamente o oposto do primeiro marido. Ela passa a ter uma vida estável e tranqüila, mas tediosa e, de tanto "chamar" pelo primeiro marido, ele um dia aparece nu na sua cama. Então ela pede ajuda a uma amiga, dizendo que quase foi seduzida pelo finado esposo. Um pai de santo se prontifica a afastar o espírito de Vadinho, mas existe um problema: no fundo Flor quer que ele fique, pois há um forte desejo que precisa ser saciado. Adaptação da obra de Jorge Amado.



SÁBADO, 01/11: RESSURREIÇÃO
De Maya Angelou (“Down in The Delta”, EUA, 1998, ficção, cor, 105 minutos.)

Comentado por Erisvaldo dos Santos

Como última esperança para melhorar sua vida, a problemática mãe solteira Loretta Sinclair decide passar o verão na fazenda de seus ancestrais, no interior do Mississipi. Aos poucos, ela vai descobrindo soluções para seus problemas e reencontra a alegria de viver, sempre com a ajuda do tio Earl. Loretta finalmente começa a enxergar uma maneira de cuidar de sua filha e reverter o desmoronamento de sua vida. No final de sua jornada, ela descobre a força das raízes de sua família e o poder do amor incondicional. Uma história sobre família, comunidade e amizade. É o único longa-metragem dirigido pela atriz e escritora afro-americana Maya Angelou, de 75 anos.



DOMINGO, 02/11: A OSTRA E O VENTO
De Walter Lima Jr. (Brasil, 1997, ficção, cor, 118 minutos.)

Comentado por Guiomar de Grammont

A jovem Marcela vive com seu pai, o faroleiro Jose, e o velho Daniel numa ilha. O único contato da menina com o mundo exterior se dá através de uma embarcação com 4 marinheiros que regularmente vai levar-lhes provisões. Através das palavras de Daniel, que a ensina a ler e é sua fonte de ternura e conhecimento, e da severidade do pai, que quer protegê-la do resto do mundo, Marcela segue sua vida até que, ao tornar-se adolescente, passa a sentir sua sexualidade e seus anseios de viver de forma intensa. Baseado no livro homônimo de Moacir Lopes.



SEGUNDA, 03/11: NARRADORES DE JAVÉ
De Eliane Caffé (Brasil, 2003, ficção, cor, 100 minutos.)

Comentado por Juca Villaschi

Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que Javé pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidroelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: vão preparar um documento - uma espécie de livro de memórias - contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Mas como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias. Então surge Antônio Biá, uma espécie de Homero sertanejo.



TERÇA, 04/11: SÓ DEZ POR CENTO É MENTIRA
De Pedro Cezar (Brasil, 2008, documentário, cor, 76 minutos.)

:: SESSÃO ESPECIAL :: ESTRÉIA EM MINAS ::

Apresentado e comentado pelo diretor do filme Pedro Cezar

Documentário sobre a vida e obra do poeta sulmatogrossense Manoel de Barros. Alternando seqüências de entrevistas com o escritor, versos de sua obra e depoimentos de conhecedores de sua literatura, o filme traça um painel revelador da linguagem do autor considerado o poeta mais original em língua portuguesa. Com 91 anos, cerca de vinte livros publicados e vivendo atualmente em Campo Grande, Manoel de Barros é consagrado por diversos prêmios literários e é o mais vendido escritor brasileiro.



Todos os filmes começam às 21 horas, e o comentário logo após o filme.

Tudo no Cine-Teatro Vila Rica, com ENTRADA FRANCA.

Não deixe de participar!





ATENÇÃO: a sessão do Cineclube ComCine desta sexta-feira (23h) foi cancelada.





O ComCine UFOP

Criado em 2004, o ComCine – Comitê de Cinema da Universidade Federal de Ouro Preto, é um grupo formado por pessoas de diversas áreas da universidade (alunos, professores e funcionários) e também da comunidade externa, reunidos todos pela admiração ao cinema. Seu principal objetivo é servir como fórum de discussão sobre o audiovisual, considerando a sua produção, circulação e recepção. Trabalha levando o melhor do cinema às pessoas, num processo de formação de público e olhar crítico. Em 2006, o Conselho Universitário (CUNI) aprovou seu regimento interno, reconhecendo-o como espaço privilegiado de discussão e deliberação sobre o audiovisual na UFOP.

Entre suas atividades, destacamos a curadoria da área de Artes Visuais (cinema, vídeo, fotografia) do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana – Fórum das Artes 2007 e 2008, além da elaboração de mostras regulares ao longo do ano, compostas por filmes temáticos e alternativos, em sessões gratuitas e, por vezes, itinerantes, nestas mesmas cidades. O principal evento atual é o "Cineclube ComCine", que acontece todas as sextas-feiras, às 23h, no Cine-Teatro Vila Rica, com entrada franca. E uma vez em cada período letivo da universidade, promove a "Conversando Cinema": a mostra de filmes comentados por professores, às 21h, no Cine-Teatro Vila Rica, com duração de uma semana e entrada gratuita.

As reuniões são abertas a todos os interessados, para, entre uma discussão e outra, planejar mostras gratuitas, sugerir filmes para a programação do Cine-Teatro Vila Rica – o qual faz parte do patrimônio da UFOP – e criar novas idéias para estimular a comunidade a interessar-se por esta que é chamada a Sétima Arte.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

POR TRÁS DO PANO / O SANDUÍCHE

O Comitê de Cinema da UFOP (ComCine), a Pró-Reitoria de Extensão da UFOP (ProEx), o Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC/UFOP) e o Cine-Teatro Vila Rica apresentam a programação do Cineclube ComCine deste segundo semestre de 2008. Todas as sessões são gratuitas, com filmes da Programadora Brasil – Central de Acesso ao Cinema Brasileiro.

No mês de outubro, o Cineclube ComCine exibe em cada sexta-feira um curta-metragem, seguido de um longa.



Nesta semana:

“O Sanduíche” e “Por Trás do Pano” são produções contemporâneas premiadas em diversos festivais Brasil afora, que apresentam o questionamento da arte e denunciam os seus meios de produção por meio da metalinguagem e com uma abordagem humorística. As relações humanas dentro e fora de cena confundem-se em ambos os filmes para, no próximo momento, surpreenderem o espectador.



:: O SANDUÍCHE
De Jorge Furtado
(RS, 2000, fic, cor, 13 minutos)

[CURTA] Os últimos momentos de um casal, a hora da separação. Mas o fim de alguma coisa pode ser o começo de outra. Outro casal, os primeiros momentos, a hora da descoberta. Encontros, separações e um sanduíche. No cinema, o sabor está nos olhos de quem vê.



:: POR TRÁS DO PANO
De Luiz Villaça
(SP, 1999, fic, cor, 90 minutos)

[LONGA] Na São Paulo de hoje, cinco pessoas muito especiais vivem suas histórias por trás do pano. Helena, uma jovem atriz em ascensão, com muito talento e insegurança, é convidada para viver o grande desafio de sua carreira. Ela é casada com Marcos, um artista plástico que brinca o tempo todo com os medos e os jogos de ciúme de sua mulher. A partir do momento em que Helena começa a se relacionar com Sérgio, um diretor e ator famoso, casado com Laís, um arquiteta bonita e ciumenta, as vidas dos dois casais se misturam e eles passam a viver momentos de dúvidas, de humor e descobertas.



Data: Sexta, 24 de outubro
Local: Cine-Teatro Vila Rica
Hora: 23:00


ENTRADA FRANCA





O ETERNO ENSAIO DA VIDA
Por Rodrigo Grota

Raro exemplo de um cinema brasileiro que dialoga com o público sem deixar de ser reflexivo, “Por trás do Pano”, de Luiz Villaça, tem também outra proeza: atinge o sublime de forma leve, vôo rasteiro (sem cicatrizes). Um retrato suave dos bastidores do teatro (e da vida).

Produzido em 1999, o filme se insere em uma fase profícua do cinema brasileiro – período apressadamente batizado de "retomada", e que inclui produções a partir de 1994 financiadas por meio de incentivos fiscais. A temática se aproxima de duas obras magistrais: “Opening Night”, de John Cassavetes; e “All About Eve”, de Joseph L. Mankiewicz.

Impressionado pelo êxito de sua ex-parceira Alexandra (Ester Góes) ao encenar Macbeth, o diretor e ator de teatro Sérgio (Luís Melo) parte em busca de uma atriz para um dos papéis mais complexos na história da dramaturgia. Sim, Lady Macbeth. Encontra a jovem Helena (Denise Fraga): atriz ainda amadora, talentosa, casada com Marcos (Pedro Cardoso).

Villaça compõe um painel duplo: a vida é mostrada em seus momentos de transe – incertezas, confissões, arrependimentos. O teatro se efetiva como palco sagrado, exclusivo para os grandes temas. Os rituais se confundem: na vida, a rotina passa a ser vista como um eterno ensaio sem previsão de estréia; no palco, o que em princípio seria uma representação do mundo revela as fraquezas e virtudes reais dos personagens. O drama vivido em Macbeth encontra paralelos no drama de Sérgio e Helena. A figura feminina é elemento decisivo nos dois contextos.

Esta mistura, alma do filme, é claramente expressa na abordagem visual empregada. Os cenários das casas de Helena e Sérgio são propositalmente ficcionais. A câmera está sempre de um lado: a dos espectadores. As lembranças surgem como filmes projetados ao fundo. A iluminação não é realista. Tudo é concebido para mostrar que nada daquilo é verdadeiro, e sim, uma representação.

A linguagem gera uma espécie de contradição positiva para o filme: quanto mais se assume a concepção da arte enquanto “representação” do mundo, mais o filme se torna autêntico. Como se a vida chegasse mais forte na medida em que ela também é encarada como mera representação. Enfim: “a vida é um palco e estamos todos a representar”.

Este tipo de abordagem cria cumplicidade com o púbico: ambos (narrador e espectador) se tornam observadores de um drama. Drama, aliás, realçado pela comovente e equilibrada interpretação de Denise Fraga. Assim como Gena Rowlands e Bette Davis, Denise tem um encanto secreto, uma espécie de magia mesmo, que torna cada gesto especial. Sua atuação é sempre verdadeira, transparente (algo raro).

Mantendo a temática da “representação”, este programa traz também o curta “O Sanduíche”, de Jorge Furtado. Conhecido pelos seus roteiros extremamente inventivos e ágeis, o cineasta gaúcho também já foi exemplo de um cinema que dialoga com o público sem se submeter a convenções. Autor de preciosidades como “Ilha das Flores”, Furtado conta aqui a história de um homem que está deixando sua mulher. Para manter as surpresas do filme, nada mais deve ser dito sobre a trama. A proposta, aliás, está em sintonia com a linguagem de “Por Trás do Pano”: confundir representação e realidade, ressaltando a idéia de que na nossa vida tudo é mesmo muito misturado (homenagem indireta a Guimarães Rosa, aliás).



Próximos filmes do Cineclube ComCine em outubro (curtas & longas):

sex 31/10 – Rua do Amendoim / Amor & Cia


terça-feira, 7 de outubro de 2008

SAMBA RIACHÃO / O CATEDRÁTICO DO SAMBA

O Comitê de Cinema da UFOP (ComCine), a Pró-Reitoria de Extensão da UFOP (ProEx), o Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC/UFOP) e o Cine-Teatro Vila Rica apresentam a programação do Cineclube ComCine deste segundo semestre de 2008. Todas as sessões são gratuitas, com filmes da Programadora Brasil – Central de Acesso ao Cinema Brasileiro.

No mês de outubro, o Cineclube ComCine exibe em cada sexta-feira um curta-metragem, seguido de um longa.



Nesta semana:

O diretor Jorge Alfredo usa como pano de fundo a trajetória de Clementino Rodrigues, o popular sambista baiano Riachão, de 80 anos de idade, para contar a importância do samba para o povo brasileiro. O filme apresenta também um panorama do samba na Bahia, onde Riachão viveu mais de seis décadas influenciando gente como Caetano Veloso e Tom Zé. Samba Riachão venceu o prêmio de melhor filme no 34° Festival de Brasília na escolha do público e júri. Na mesma roda de samba de Riachão está Germano Mathias no documentário “O Catedrático do Samba”, um valioso registro sobre a vida do cantor e compositor paulista. Ao longo do filme, ele vai lembrando o início de tudo, com os engraxates na Praça da Sé.


:: O CATEDRÁTICO DO SAMBA
De Alessandro Gamo e Noel Carvalho
(SP, 1999, doc, cor, 23 minutos)

[CURTA] Perfil do cantor e compositor paulistano Germano Mathias, traçado em estilo solto e malandro como o do sambista.


:: SAMBA RIACHÃO
De Jorge Alfredo
(BA, 2001, doc, cor, 86 minutos)

[LONGA] Aos 80 anos de idade, Riachão é o cronista musical da cidade de Salvador, tendo vivenciado todas as transformações pelas quais passou a música popular brasileira e os meios de comunicação no decorrer do século XX. É através das histórias deste cronista que o filme apresenta um relato histórico da MPB. Com depoimentos de Dorival Caymmi, Tom Zé, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Armandinho, Carlinhos Brown, Bule Bule, Daniela Mercury, Tuzé de Abreu, Dona Edith do Prato, Chula de São Brás, Gerônimo, Clarindo Silva, Cid Teixeira, Antonio Risério. Premiações: Festival de Brasília (Melhor Filme – um pelo júri oficial e outro pelo júri popular – e Melhor Montagem), Festival É Tudo Verdade 2002 (Prêmio Tv Cultura de Documentário).


Data: Sexta, 10 de outubro
Local: Cine-Teatro Vila Rica
Hora: 23:00

ENTRADA FRANCA




SAMBA, RIACHÃO!
Por Marcos Pierry

Para uns, Clementino Rodrigues é um compositor pueril. Para outros, um moleque solto na vida. E há quem ache os seus sambas uma coisa mordente. Vão direto na veia. Clementino é o octagenário sambista baiano Riachão, em nome de quem o cineasta Jorge Alfredo concebeu o documentário Samba Riachão. O filme se propõe, na verdade, a um exercício investigativo sobre o artista e ao mesmo tempo sobre o gênero musical que este animado bamba de Salvador pratica há mais de cinqüenta anos.

Dezenas de convidados participam do longa-metragem, falando sobre Riachão, cantando e dançando as suas músicas, especulando sobre as origens do samba e a eventual proeminência de diferentes estados brasileiros na criação deste universo rítmico capaz de ancorar uma expressiva parcela da cultura nacional.

Mas o que enche mesmo a tela é a imagem de Riachão. E olha que, ao longo de oitenta minutos, passam pelo écran performers de peso dos mais variados naipes - os tropicalistas Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil, o virtuose Armandinho, a dançarina Roseane Pinheiro, Dorival Caymmi, entre muitos outros. Não importa, é Riachão, pequeno, franzino, quem comanda o show. E para ele, tudo termina em samba. O tempo inteiro a saracotear o corpo, fagueiro no movimento de pés e mãos. O tempo inteiro a sorrir, mesmo quando chora ou denuncia a negligência de sua Bahia com o gênero que, pelo menos até hoje, melhor expressa a musicalidade local.

Sua estampa – óculos escuros, correntes/colares e anéis grossos, o bigode mínimo chapliniano e a indefectível toalha no pescoço – é um prato cheio aos olhares ávidos por encontrar uma figura cult, para usar o termo caro na releitura contemporânea, em qualquer artista popular genuíno. A autenticidade, e o domínio de cena, do cantor e compositor acaba pondo à prova a necessidade de uma lista tão longa de entrevistados em Samba Riachão.

Uma montagem mais afiada tornaria o filme de Jorge Alfredo mais conciso, ainda mais ao levar-se em conta o desafio da aparente duplicidade temática – um sambista e/ou o samba. Assim, ficam fora de contexto imagens até representativas, como o plano que mostra a subida do bloco afro Ilê Aiyê durante o carnaval de Salvador, ou depoimentos poéticos, a exemplo da hipótese de Carlinhos Brown para o nascimento do samba (“nasceu na vontade de chegar aqui, precisou de porto”). Nada, porém, que derrube a peteca. Alfredo, além de documentarista, é músico. E sua jam session de samba e cinema está bem acima da média.

Completa o programa o curta-metragem O Catedrático do Samba, de Alessandro Gamo e Noel Carvalho, sobre o cantor e compositor paulistano Germano Matias. O filme traz histórias saborosas contadas pelo próprio sambista, único entrevistado da película, com destaque para o itinerário das gafieiras freqüentadas por Germano, nascido em 1934, a descoberta das latinhas de engraxate como instrumento musical e a nostalgia do músico ao lembrar do centro antigo de São Paulo. Os realizadores marcam um tento ao valorizar as tomadas externas com a presença orgânica do Germano, intérprete que mais de uma vez soube esquecer as diferenças bairristas ao gravar composições de calibre de sambistas cariocas.



Próximos filmes do Cineclube ComCine – curtas & longas:


sex 17/10 – O Último Raio de Sol / O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas

sex 24/10 – O Sanduíche / Por Trás do Pano

sex 31/10 – Rua do Amendoim / Amor & Cia